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2008-04-27
What the Fox?
João Baião fazia-se acompanhar no Big Show SIC por duas estrelas de semelhante magnitude. Uma era o macaco Hadriano, um primata que a toque de apalpadelas, expulsava do estúdio os concorrentes que cantavam mal, para gáudio histérico da plateia. Quando não havia cantantes, o público batia palmas e gritava HUe!-HUe! ao som do vinil escolhido pelo DJ Pantaleão, criatura que encerrava esta trindade dos anos negros da televisão em Portugal.
Passado tempo tempo, o que aconteceu? João Baião está mais ou menos na mesma. O macaco Hadriano despareceu sem deixar rasto nem saudades. Quanto ao DJ Pantaleão, fez um rebranding. Consciente de que enquanto fosse DJ Pantaleão, nunca deixaria de ser conotado com os apelos do mestre Baião à Dona Emília para que aproveitasse o intervalo para ir fazer o seu xixizinho, renasceu destes tempos cinzentos como DJ the Fox, animador único das festas Ballantine's, largamente documentadas no programa Dance TV, no qual o comentário aos novos lançamentos no mercado é feita por (adivinhem!) DJ the Fox. E assim na televisão com aquela câmara tremida e com muitos zoom outs e zoom ins, o tipo até parece um DJ a sério, a falar de "projectos" e de "vertentes". Não é bem a mesma coisa que ter o Álvaro Costa em Élêi, mas ainda assim impressiona. Faz-me lembrar uma das Leis de Murphy: não há nada assim tão mau que não possa piorar.
Passado tempo tempo, o que aconteceu? João Baião está mais ou menos na mesma. O macaco Hadriano despareceu sem deixar rasto nem saudades. Quanto ao DJ Pantaleão, fez um rebranding. Consciente de que enquanto fosse DJ Pantaleão, nunca deixaria de ser conotado com os apelos do mestre Baião à Dona Emília para que aproveitasse o intervalo para ir fazer o seu xixizinho, renasceu destes tempos cinzentos como DJ the Fox, animador único das festas Ballantine's, largamente documentadas no programa Dance TV, no qual o comentário aos novos lançamentos no mercado é feita por (adivinhem!) DJ the Fox. E assim na televisão com aquela câmara tremida e com muitos zoom outs e zoom ins, o tipo até parece um DJ a sério, a falar de "projectos" e de "vertentes". Não é bem a mesma coisa que ter o Álvaro Costa em Élêi, mas ainda assim impressiona. Faz-me lembrar uma das Leis de Murphy: não há nada assim tão mau que não possa piorar.
2008-04-18
Abastardamento
Diz que agora os peixinhos-da-horta passaram a ser tempura de feijão verde.
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Parem de molestar os coitados
«EUA : Papa reúne-se com vítimas dos padres pedófilos» (Diário Digital)
Empregado modelo
Todas as empresas deviam ter um empregado odiado por todos os outros empregados. Estas abençoadas criaturas são o cimento dos complexos empresariais. Sem esta massa consistente, o edifício laboral avançaria no sentido de um lento mas inevitável colapso.
O odioso colega, seja pela sua incompetência atroz, seja pelo seu faraónico salário, seja pela sua inconveniente e ainda assim inabalável auto-confiança, funciona como um vórtice dos sentimentos nefastos de todos os colegas que o rodeiam. Estes, ocupados no afã desta destilação, esquecem diferenças e perdoam defeitos, acabando por formar laços de camaradagem. São irmãos na trincheira e todos odeiam aquele inimigo comum. Em vez de nos chatearmos por ganharmos menos do que alguém de quem até gostamos ou porque essa pessoa teve um enganozito sem iportância, há alguém que nos permite relativizar todas essas minudências.
Os estrategas de recursos humanos que acham que team building é juntar uma data de inábeis a jogar paintball ainda não perceberam que não há melhor team building do que um colaborador odiado por todos os outros e uma copa de cozinha insonorizada. É disto que é feita uma empresa de sucesso. Um qualquer sevandija que guarde bananas podres no módulo de gavetas faz mais pela moral do que qualquer percurso de orientação.
Portanto, concluindo, para que as empresas sejam prósperas, é imperioso que sejam levemente polvilhada por um punhado de criaturas odiosas a qualquer custo. Nem que para isso tenham que ser promovidas a chefes.
O odioso colega, seja pela sua incompetência atroz, seja pelo seu faraónico salário, seja pela sua inconveniente e ainda assim inabalável auto-confiança, funciona como um vórtice dos sentimentos nefastos de todos os colegas que o rodeiam. Estes, ocupados no afã desta destilação, esquecem diferenças e perdoam defeitos, acabando por formar laços de camaradagem. São irmãos na trincheira e todos odeiam aquele inimigo comum. Em vez de nos chatearmos por ganharmos menos do que alguém de quem até gostamos ou porque essa pessoa teve um enganozito sem iportância, há alguém que nos permite relativizar todas essas minudências.
Os estrategas de recursos humanos que acham que team building é juntar uma data de inábeis a jogar paintball ainda não perceberam que não há melhor team building do que um colaborador odiado por todos os outros e uma copa de cozinha insonorizada. É disto que é feita uma empresa de sucesso. Um qualquer sevandija que guarde bananas podres no módulo de gavetas faz mais pela moral do que qualquer percurso de orientação.
Portanto, concluindo, para que as empresas sejam prósperas, é imperioso que sejam levemente polvilhada por um punhado de criaturas odiosas a qualquer custo. Nem que para isso tenham que ser promovidas a chefes.
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2008-04-17
Dêem-lhes o arroz
O povo foi soberano. Com dez votos contra nove, neste blogue a canja faz-se com o arroz e não com massa.
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canja de galinha
2008-04-14
Contribuição para um Portugal melhor
Tenho que admitir: Sou a favor da corrupção.
Acho que o país só tem a ganhar com gente corrupta. Pessoas como o Sá Fernandes, por outro lado, só atrapalham o progresso do país. A verdade é que um ministro ou um autarca que não seja passível de ser corrompido, também não é passível de fazer nada. A corrupção é um acelerador da iniciativa privada. Quem tem projectos que quer mesmo concretizar, corrompe. Quem é corrompido deixa obra. No fim, quase todos saem a ganhar.
Se não fosse assim, se não houvesse este atractivo bónus inerente aos cargos de poder, quem é que os ocuparia? Quem é que se sentiria motivado para largar o seu emprego e ir dar uma perninha ao país? Ninguém, convenhamos. Na melhor das hipóteses, meia dúzia de criaturas sérias e escrupulosas que fariam xixi nas calças assim que fossem confrontados com o musculado mundo das decisões políticas.
Por tudo isto e porque não vejo outra maneira de este país funcionar, reitero: Sou a favor da corrupção (a não ser que me paguem para ser contra).
Acho que o país só tem a ganhar com gente corrupta. Pessoas como o Sá Fernandes, por outro lado, só atrapalham o progresso do país. A verdade é que um ministro ou um autarca que não seja passível de ser corrompido, também não é passível de fazer nada. A corrupção é um acelerador da iniciativa privada. Quem tem projectos que quer mesmo concretizar, corrompe. Quem é corrompido deixa obra. No fim, quase todos saem a ganhar.
Se não fosse assim, se não houvesse este atractivo bónus inerente aos cargos de poder, quem é que os ocuparia? Quem é que se sentiria motivado para largar o seu emprego e ir dar uma perninha ao país? Ninguém, convenhamos. Na melhor das hipóteses, meia dúzia de criaturas sérias e escrupulosas que fariam xixi nas calças assim que fossem confrontados com o musculado mundo das decisões políticas.
Por tudo isto e porque não vejo outra maneira de este país funcionar, reitero: Sou a favor da corrupção (a não ser que me paguem para ser contra).
Oratol
Tenho saudades de pastas de dentes em tubos de metal e com sabor a laranja.
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saudades da infância
2008-04-09
Sobre a canja de galinha
Conheço pessoas que, apesar das minhas muitas explicações, continuam a achar que a canja de galinha deve ser feita com massa e não arroz. Não perceberam ainda que o seu problema é preferirem, por motivos insondáveis, uma estranha sopa de galinha com bocados de massa mole a boiar a uma boa e tradicional canja de galinha.
Quanto ao resto, as bocas são relativamente unânimes: a canja levará umas rodelinhas de chouriça, hortelã, miudezas e as patas da criatura (geralmente reservadas para a cozinheira e/ou dona da casa). Quanto ao dilema arroz-massa, temos o caldo entornado.
Assim, é chegada a hora de sondar o bom leitor acerca dos seus hábitos alimentares. Rogo-vos, pois, que manifestem a vossa preferência no inquérito que se presta a ser respondido ali na barra da esquerda. Obrigado.
Quanto ao resto, as bocas são relativamente unânimes: a canja levará umas rodelinhas de chouriça, hortelã, miudezas e as patas da criatura (geralmente reservadas para a cozinheira e/ou dona da casa). Quanto ao dilema arroz-massa, temos o caldo entornado.
Assim, é chegada a hora de sondar o bom leitor acerca dos seus hábitos alimentares. Rogo-vos, pois, que manifestem a vossa preferência no inquérito que se presta a ser respondido ali na barra da esquerda. Obrigado.
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Quem não aparece, esquece
Acredito não ter sido a única pessoa que passou anos a perguntar se o Carlos Paredes já tinha morrido ou não.
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2008-04-08
Sobre a síndroma de morte súbita
Parece-me bastante enganador que a morte súbita tenha direito a ter uma síndrome. Parece que é uma coisa rara. A verdade que é nunca ouvi falar de ninguém que tenha morrido gradualmente. Até os zombies, para ficarem naquele estado incerto, têm que morrer primeiro, e garanto-vos — será subitamente. Ninguém vai ficando morto. É que esta coisa de vida e de morte é um bocado binária.
Cultura de subsistência
No que toca à propriedade intelectual, o que eu gostava mesmo era de ser latifundiário.
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propriedade intelectual
2008-04-07
2008-04-05
2008-04-04
Retro Power
Body Combat. Power Jump. Body Attack. RMP... Ninguém sente saudades da ginástica sueca?
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ginástica sueca,
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2008-04-03
Mente sã e corpo são
A psicoterapia é como o ginásio. O que sabe bem não é lá ir; é sair de lá.
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1º de Abril
Uma das minhas intentonas do 1º de Abril saiu particularmente frustada. Disse a dois amigos meus (também) benfiquistas que já tinham anunciado que o novo treinador do Benfica iria ser o Trapattoni. Não sei o que foi pior: se um deles não ter acreditado minimamente nesta fraca amostra de mentira, se o outro ter esboçado um "É?" que denotou nenhum horror (e mesmo alguma esperança).
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2008-04-02
Apogeu
Nos últimos dias fui impedido de postar por um excesso de zelo do blogger. Os seus atentos e expeditos robôs trataram de classificar o Pirum como um blogue de spam, o que só lhe faz antever um futuro de decadência: só com dois dias de existência e este blogue já atingiu o ponto supremo da sua importância.
Um blog mal empregado
Então e onde é que imagina este blogue daqui a três anos?
O que é que acha que este blogue pode trazer de positivo para a blogosfera?
Aponte três qualidades e três defeitos para o seu blogue.
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